Quando retornamos da Capela do Coro Celestial, um tanto perturbados por tudo que lá presenciamos, senti-me reconfortada por ter a presença de Michael em nossa Capela – ainda que por motivos tão sérios – Os últimos dias foram grandes desafios, dos quais retornei física e moralmente ferida, abalada. Aproveitando a presença de Águia, pedi a ele um momento a sós em meu quarto, com o intuito de relatar ao “mestre” todas as dificuldades e provações que tenho encontrado em meu caminho, confessando inclusive a insegurança que me perturba quanto à minha habilidade em lidar com os eventos que estão por vir.
Ao mesmo tempo em que seus conselhos me orientam, é sua simples presença que me acalma e não posso negar que ao pedir este encontro também busquei por este conforto. Sei que esta relação ambígua além de confusa pode se tornar um tanto prejudicial ao meu aprendizado enquanto discípulo – sinto que isto o perturba e sei que sua atitude é correta quando sugere sutilmente outro mestre, ou quando demonstra claramente não compreender que tipo de atenção estou buscando – algo que nem eu mesma sei... Temo perde-lo enquanto mestre por toda a confiança e admiração que nele deposito, porém temo ainda mais que manter o mestre signifique afasta-lo de todas as outras formas.
Nossa aproximação, envolvimento, foi breve, intenso e maravilhoso, mas para mim até agora permanece confuso. Talvez esta incerteza venha ocupando minha mente mais do que deveria, quando seu lugar correto seria apenas em meu coração. Talvez seja preciso perder o mestre para conquistar o homem e quanto a isto sinto que a escolha- minha escolha- já foi feita. O que me impede de assumir tal decisão é o fato de não conhecer o que se passa em seu coração – mestre ou apenas homem. Não abro mão de um por medo de perder ambos e assim fico com frações que não satisfazem a nenhum de nós. Por mais que se adie um memento, quando menos se espera ele acontece – creio que é chegada a hora de acontecer. Uma resposta, seja ela qual for, é melhor que uma eterna pergunta, porém para obtê-la é preciso submeter-se ao risco de perguntar – e é para isto que me preparo, medito e sonho em busca não apenas de coragem para perguntar mas principalmente de sabedoria para ouvir, compreender e sobretudo aceitar a resposta de Michael, seja ela do homem ou do mestre...
Ele veio, embora sempre tenha estado lá
Ele disse tantas coisas
Sem que meus ouvidos precisassem ouvi-las
E em meu coração tive a certeza
De que suas palavras são como ventos
Que vêm ao longe e acontecem
Movimentam as folhas soltas
Tocam os sentidos
Mudam a direção daquilo que estava perdido
Esfriam, aquecem
Correm com a pressa de quem sabe aonde chegar
Sem precisar partir
E quando passam por mim
Carregam consigo quase tudo
E a roda gira
ろういせなかざわ
Ao mesmo tempo em que seus conselhos me orientam, é sua simples presença que me acalma e não posso negar que ao pedir este encontro também busquei por este conforto. Sei que esta relação ambígua além de confusa pode se tornar um tanto prejudicial ao meu aprendizado enquanto discípulo – sinto que isto o perturba e sei que sua atitude é correta quando sugere sutilmente outro mestre, ou quando demonstra claramente não compreender que tipo de atenção estou buscando – algo que nem eu mesma sei... Temo perde-lo enquanto mestre por toda a confiança e admiração que nele deposito, porém temo ainda mais que manter o mestre signifique afasta-lo de todas as outras formas.
Nossa aproximação, envolvimento, foi breve, intenso e maravilhoso, mas para mim até agora permanece confuso. Talvez esta incerteza venha ocupando minha mente mais do que deveria, quando seu lugar correto seria apenas em meu coração. Talvez seja preciso perder o mestre para conquistar o homem e quanto a isto sinto que a escolha- minha escolha- já foi feita. O que me impede de assumir tal decisão é o fato de não conhecer o que se passa em seu coração – mestre ou apenas homem. Não abro mão de um por medo de perder ambos e assim fico com frações que não satisfazem a nenhum de nós. Por mais que se adie um memento, quando menos se espera ele acontece – creio que é chegada a hora de acontecer. Uma resposta, seja ela qual for, é melhor que uma eterna pergunta, porém para obtê-la é preciso submeter-se ao risco de perguntar – e é para isto que me preparo, medito e sonho em busca não apenas de coragem para perguntar mas principalmente de sabedoria para ouvir, compreender e sobretudo aceitar a resposta de Michael, seja ela do homem ou do mestre...
Ele veio, embora sempre tenha estado lá
Ele disse tantas coisas
Sem que meus ouvidos precisassem ouvi-las
E em meu coração tive a certeza
De que suas palavras são como ventos
Que vêm ao longe e acontecem
Movimentam as folhas soltas
Tocam os sentidos
Mudam a direção daquilo que estava perdido
Esfriam, aquecem
Correm com a pressa de quem sabe aonde chegar
Sem precisar partir
E quando passam por mim
Carregam consigo quase tudo
E a roda gira
ろういせなかざわ
12:07 PM |
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