Louise Nakazawa - Médica Psiquiatra ou Mizume Ryu - Akashayana - A Força do Dragão protetor da Sangha, com a leveza e adaptabilidade da água, por vezes suave como o orvalho, por outras fortes feito temporal. Seu coração feminino - parte japonês -timido e delicado, teima em mascarar o fogo que queima silenciosamente em seu inegável sangue italiano...



Chegamos a Vegas na hora do almoço – almoçamos num Shopping onde tivemos tempo para umas comprinhas – lembrei de minha mãe dizendo ‘traga souvenires’ e assim o fiz. Depois fomos ao hotel que nos foi recomendado – Hotel Luxor –administrado pela ordem de Hermes. Era uma construção monumental – como tudo naquela cidade – em forma de uma grande pirâmide negra. Fomos muito bem recepcionados pela Srta. Aurora (cultista)e rapidamente acomodados em quartos extremamente confortáveis – dividi o meu com a menina Jenny que agora deseja ser chamada de ‘Scarllet’(?) no quarto à nossa direita ficaram os ‘futuros pais’, à esquerda prof. e Ms Won e ao seu lado Dylan e Ryan.
Tivemos um tempo para descansar e nos arrumar para o jantar. A manda havia me intimado para uma ‘noite de balada’ em comemoração ao meu aniversário – embora ninguém tenha tocado no assunto hoje - e por isso (talvez não só por isso) vesti o melhor vestido que trouxe – o mais provocante também: vermelho, seda, costas totalmente nuas – ela exigiu que eu usasse decote, mas não disse aonde!
Nos encontramos no corredor – todos nós. Pude sentir seus olhos sobre mim, mas não o deixei perceber – Ele por sua vez parecia outra pessoa de smoking, embora a roupa lhe caísse extremamente bem, confesso que prefiro o estilo ‘selvagem’ – pude olhar atentamente através do espelho do elevador – embora tenha evitado a troca de olhares, uma vez ou outra aconteceu – essas coisas são mais fortes do que qualquer força de vontade – como me irrita não conseguir dominar minhas ações! Acho que é isso o que ‘instinto’ significa.
Fomos levados ao restaurante pela Srta. Aurora – uma mulher linda, loira, voluptuosa (fiquei atenta aos olhos dele, mas ele não lhe deu muita atenção e isso me deixou aliviada – não sei exatamente porquê ).
Eu achei muito estranho ninguém mencionar meu aniversário o dia todo, nem durante o jantar, já estava até meio triste, me distrai por uns instantes e tive uma grande surpresa: de repente apareceu em cima da mesa um bolo de aniversário dizendo parabéns em italiano e japonês - Fiquei emocionada! Ganhei da Amanda e Julian um par de brincos de safira – lindos.
Depois deste belo momento J’J e Ryan se retiraram – forma fazer algum tipo de ritual de despertar do garoto; dá pra imaginar como deve ser... O professor subiu ao seu quarto e nós (Dylan, Scarlet,Ms. Won, Amanda e eu) fomos até a boate do hotel, beber e dançar – embora Amanda estivesse nitidamente preocupada com o destino do J’J naquela noite o que a deixou bem desanimada, embora ela se esforçasse para me animar e Dylan declarou ser um desastre e por isso não dançaria por nada desse mundo. Assim sendo, dancei um pouco com Ms. Won e Scarlet (que estavam realmente se divertindo) e enquanto dançava, mesmo de costas para a mesa, podia sentir seu olhar, o que me deixou um tanto constrangida e decidi me sentar com eles, precisava de uma bebida.
Não demorou muito e Amanda subiu para descansar – eu insisti em acompanhá-la, mas ela não aceitou. Assim, acabei ficando na mesa, sozinha com o Dylan – algo que eu vinha tentando evitar – com sucesso - desde que ele se juntou a nós.
Conversamos um tempo, não lembro direito sobre o quê – a presença dele assim tão próxima me deixou muito nervosa – o clima entre nós era... quente, intenso, inegável! Depois de um tempo ele me convidou para dar uma volta, tomar um ara fresco, sair daquele tumulto, achei uma boa idéia – boa e ao mesmo tempo péssima, pois estaria realmente sozinha com ele, e disso eu temia e muito! Era como se eu já não me conhecesse, nunca senti algo assim, tão ‘perturbador’... Mas fui... ‘deixar o caminho te levar’...
Para minha surpresa quando chegamos ao saguão, para sair do hotel, ele foi até a recepção e pediu um carro de aluguel; quando indaguei o porquê disso ele argumentou que não tem como sair daquele tumulto sem andar bastante – sair um pouco da cidade.
Foi a melhor coisa que já fiz – Certamente não a mais correta, considerando minha filosofia, mas às vezes o caminho nos leva por trilhas tortuosas para se chegar aos lugares mais belos...