Louise Nakazawa - Médica Psiquiatra ou Mizume Ryu - Akashayana - A Força do Dragão protetor da Sangha, com a leveza e adaptabilidade da água, por vezes suave como o orvalho, por outras fortes feito temporal. Seu coração feminino - parte japonês -timido e delicado, teima em mascarar o fogo que queima silenciosamente em seu inegável sangue italiano...



Só percebi a necessidade de pensar no ‘dia seguinte’, quando já estava nele! Foi quando esperávamos o elevador – todos nós –e Dylan passou a mão nas pontas do meu cabelo; minha reação foi automática, um reflexo involuntário da coluna – resposta do meu corpo ao seu toque – E só aí percebi que os outros estavam lá... Olhei para Ms. Won e naquele momento lembrei de Michael e sabia que as coisas não seriam assim tão simples. No elevador Dylan parou logo atrás de mim – Eu pensava rápido ‘o que fazer? o que fazer?’ e ele, que não via problema algum, passava a mão pelas minhas costas e pousava a mão em minha cintura. Quando descemos, deixei os outros seguirem e discretamente segurei seu braço – precisava lhe contar algumas coisas – coisas estas que não poderiam esperar.
O professor fez um alarde quando nos viu para trás, mas para minha sorte, J’J e Amanda já haviam percebido o que acontecia e lhe levaram praticamente arrastado para o café da manhã, enquanto eu explicava a Dylan minha situação com Michael, que só seria realmente acabada quando voltássemos para NY, o que me deixava hoje constrangida perante aos outros, sobretudo Ms. Won - e dizendo isso eu já não tinha muitas esperanças conosco, mas para minha surpresa, ele me puxou para perto e perguntou ‘e eu devo me preocupara com isso?’ – ‘não sei, mas eu entendo se for um problema, só que eu não posso resolver isso agora e talvez seja constrangedor pra ti, eu vou entender e...’ antes que eu terminasse ele me levantou do chão e me beijou...
Fomos para a mesa – ele com o braço sobre mim - e depois de alguma confusão do professor, tudo ficou bem – especialmente após a conversa que tive mentalmente com Ms. Won, que me disse já esperar por isso – que havia até demorado muito pra acontecer e que, se eu estava feliz, não tinha de que me envergonhar. E disso eu tinha certeza – Eu estava feliz... e como estava!