Louise Nakazawa - Médica Psiquiatra ou Mizume Ryu - Akashayana - A Força do Dragão protetor da Sangha, com a leveza e adaptabilidade da água, por vezes suave como o orvalho, por outras fortes feito temporal. Seu coração feminino - parte japonês -timido e delicado, teima em mascarar o fogo que queima silenciosamente em seu inegável sangue italiano...


Invadindo a Área 51

É muito difícil descrever os eventos decorridos durante a execução de nossa missão.
Por mais que se planeje e se julgue estar preparado para ‘tudo’, algumas vezes as coisas saem do controle – esta foi uma delas.

Entramos com facilidade no nível um, que nos conduzia aos demais níveis subterrâneos; facilidade em termos; Ms. Won precisou expor seu rosto para desligar o sistema de segurança da entrada e proteger todos nós; além disso, foi preciso derrubar 2 guardas que faziam a segurança da entrada e infelizmente só derrubar não seria o suficiente, não desta vez... Neste momento eu percebi que seria necessário ir além - pela primeira vez deixaria um rastro de morte em meu caminho – era inevitável, eu sabia, o que não diminuía o peso sobre meus ombros...
Pouco tempo depois, eu estava submersa no calor da batalha.

Quando a vida de um depende da atenção do outro não resta tempo para reflexões.

Ms. Won, Dylan e eu abríamos caminho travando a linha de combate, enquanto o professor, J’J e Amanda usavam as pistolas de C4 confeccionadas pelo professor para garantir nosso avanço, abrindo caminho através de portas e paredes – esta estratégia nos levaria o mais rápido possível ao laboratório no 4º nível, não fosse pelo momento em que a mente da Amanda foi dominada por alguém que lhe fazia apontar a pistola de C4 para o J’J, enquanto éramos encurralados por dois batalhões de soldados...
Tive sucesso entrando na mente dela e foi preciso que o professor fizesse um grande estrago com o C4 para nos tirar daquela situação.

Desta forma chegamos ao laboratório – claro que as explosões chamaram muita atenção e em pouco tempo os soldados se multiplicaram com direito a tanques e tudo mais.
Oliver, Amanda e eu entramos no laboratório para achar e destruir o vírus, enquanto os outros mantinham os guardas distantes.

Achamos!
O lote A do vírus 3723
Mas levamos algum tempo descobrindo como destruí-lo sem o arriscar liberá-lo. Havia uma fonte de entrada de O2 e uma vez cortada foi fácil. Quanto aos arquivos do computador não havia tempo, sendo assim o prof. levou toda a HD.


A saída do local foi tão complicada ou mais que a entrada
Havia muitas coisas estranhas naqueles corredores, todo tipo de experimento era feito ali, cobaias boiavam em tanqes transparentes, em animação suspensa, até mesmo alienígenas! E foi enquanto nos distraímos com algo do tipo, próximo ao trem de porcelana surgiu o momento mais crítico de todos:


Um tremendo desabamento separou o grupo
Amanda, J’J e o professor estavam mais a frente e por sorte não foram soterrados, ao contrário de nós; eu ainda tive tempo de me esquivar, salvando minha cabeça dos escombros, o que me manteve consciente, já Ms. Won e Dylan...
Não podia avistá-los e a dor não me deixava localizá-los mentalmente - eu já havia levado um tiro e agora minhas costelas estavam esmagadas.
J’J gritou por nós e soube que eles estavam bem, apesar do prof, ferido e desacordado por uma pedra.

Com muito custo me livrei dos escombros e enquanto procurava pelos outros ouvi Ms. Won em minha mente, pedindo que eu me protegesse – mal me encolhi e vi as pedras do amontoado que cobria seus corpos serem lançadas longe, enquanto meu Sifu saia dentre elas, trazendo Dylan nas costas – ele não estava nada bem, mas tudo que podíamos fazer naquele momento era buscar uma forma de sair o mais rápido possível daquele lugar.
Enquanto abríamos caminho entre as pedras que nos separavam em dois grupos, ouvimos um tiro, depois outro seguido pelo baque surdo de um corpo caindo logo do outro lado.
Por sorte, ao chegarmos lá, constatamos que o corpo era de um inimigo – o mesmo que havia tentado dominar a mente da Amanda momentos antes.

Enquanto nos preparávamos para partir, recebi de Ms. Won o corpo inerte de Dylan, enquanto ele me explicava que precisava voltar, levando consigo uma imensa quantidade de C4, para assim garantir nossa saída.
J’J carregava o professor e embora tenha insistido para trocar comigo, por nada deste mundo eu largaria Dylan – eu devia tantas vezes minha vida a ele... esse era o momento de retribuir (embora, no fundo, esse não fosse o único motivo fosse)

Ainda não sei de onde tirei forças para subir aquelas escadas íngremes carregando aquele homem enorme nas costas apesar de minhas costelas quebradas, mas desconfio que esta tenha sido minha primeira experiência com o Dô da terra – forma que tantas vezes Ms. Won me proporcionou observar e que naquele exato momento ele novamente punha em prática.

Logo após entráramos no ônibus Ms Won saiu correndo da base, deixando uma enorme explosão atrás de si.
Ninguém havia entendido o porquê dos tantos sacos de milho e da Polaroid que Lorde Fanny havia requisitado para a operação, mas quando saímos, nevava naquele ponto do deserto: literalmente!
A equipe de apoio estava a postos e assim que Ms. Won entrou no ônibus, partimos em alta velocidade. Naquele momento, tudo o que importava era correr...
... para qualquer lugar longe dali.