1:53 PM |
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Louise Nakazawa - Médica Psiquiatra ou Mizume Ryu - Akashayana - A Força do Dragão protetor da Sangha, com a leveza e adaptabilidade da água, por vezes suave como o orvalho, por outras fortes feito temporal. Seu coração feminino - parte japonês -timido e delicado, teima em mascarar o fogo que queima silenciosamente em seu inegável sangue italiano...
Agosto 04, 2002.
Foi como um piscar de olhos e estávamos de volta à cozinha da Capela.
Olhei ao redor e todos estavam lá... até mesmo Julian, embora ainda um pequeno bebê que aguardava nos braços de Isaac, todos - menos ela...
Senti como se uma imensa pedra esmagasse meu peito – corri para fora da cozinha, nem sei para onde, já que aquilo que eu procurava não estava lá...
Até que Dylan segurou meu braço, me puxando junto a ele.
-‘Pra onde tu tá correndo?’ (se eu soubesse teria respondido, mas só disse ‘dói...’)
‘Eu sei... mas a gente combinou que vai adiantar ela, lembra?’
Tivemos uma reunião onde repassamos a Isaac as informações que trouxemos – tomamos por prioridades a construção do Bunker e da casa nova para os novos aprendizes – que devem chegar muito em breve! Iniciaremos o quanto antes às aulas mistas e começaremos a preparar as pessoas próximas para saber a verdade. Isaac ficou responsável de repassar – gradualmente – as novidades para as crianças.
Liguei para minha mãe e marquei – para a mesma noite – o jantar que estávamos aguardando; Dylan estava saudável e queria apresentá-lo a eles antes de nos mudarmos para a casa nova. Também ansiava por encontrar minha família, especialmente minha mãe... Muitas coisas haviam mudado dentro de mim – ela merecia saber!
Quando chegamos, ela veio nos receber; ao ver Dylan ela comentou:
‘Ah, agora eu entendo o sorriso no rosto da minha filha!’.
Quando a abracei, foi de uma forma... ‘maior’, mais intensa que o normal. Havia mais carinho, como num reencontro; ela não entendeu, mas ficou feliz.
Chang e Shosi já estavam lá e, assim como meu pai, embora estudassem atentamente os gestos deDylan, o faziam muito discretamente – ai chegou o Bartollo e toda sua indiscrição:
- Ué, quem é esse?
- Esse é o Dylan, meu namorado!
- Mas ele era diferente; e o nome não era esse!
Dylan não pareceu se chatear – talvez eu tenha lhe preparado para coisa pior – e respondeu bem humorado:
- É porque 'aquele' não era eu, eu sou outro!
(Enfim) percebendo o que estava acontecendo, Bartollo olhou pra mim, um tanto desapontado:
- ‘Como assim? Tu trocou de namorado e nem me avisou?’
-‘Eu já tinha te dito isso sim, Bartollo, há quase um mês! Aliás, todo mundo já sabia; inclusive esse jantar é pra vocês se conhecerem!’
-’Eu só espero que tu pares de mudar de namorado!’ e olhou meio ameaçador para Dylan, que estava sentado no sofá; ele respondeu:
-‘Não, ela não vai mais trocar, pode ficar tranqüilo!’.
Eu sorri.
O jantar foi agradável; eu temia que Dylan se sentisse deslocado, mas ele parecia tranqüilo – não foi surpresa nenhuma que minha mãe tenha simpatizado com ele logo de cara, mas até meu pai parecia satisfeito – notei seu sorriso de aprovação, quando perguntou a Dylan porque ele estava se mudando pra cá e ele respondeu:
- Por causa dela.
Eu não tinha planejado contar a eles que moraríamos juntos, mas o clima estava tão favorável que acabei contando. Minha mãe ficou feliz (disse algo do tipo
‘Que ótimo! até que enfim essa menina tá libertando sua sexualidade!’
Bartollo ignorou totalmente a informação;
Chang e Shosi pareceram surpresos e
Meu pai só perguntou se nós estávamos certos disto - minha resposta foi
Mais tarde, quando estávamos na cozinha, apenas minha mãe e eu, perguntei da onde ela tirou forças para me entregar ao meu pai, tão pequena... e depois para todo ano ficar tão pouco tempo comigo sabendo que teria de se despedir novamente.
Ela ficou surpresa com a pergunta - nós nunca havíamos tocado neste assunto - mas respondeu:
- Do amor que eu tenho por ti! Era difícil, toda vez eu sofria, mas sabia que fazia aquilo pro teu bem.
– Eu sei que é meio tarde mãe, mas agora eu te entendo...
Izabela Belluti -minha mãe
Ao sair de lá, levei Dylan até a academia para ver como andava a obra – eu estava ansiosa para lhe mostrar nosso futuro lar, ou como ele costuma dizer ‘nosso ninho’. A obra ainda não acabou, mas o quarto estava quase pronto – ele montou a cama, eu enchi a banheira... e acabamos passando nossa primeira noite lá
Foi como um piscar de olhos e estávamos de volta à cozinha da Capela.
Olhei ao redor e todos estavam lá... até mesmo Julian, embora ainda um pequeno bebê que aguardava nos braços de Isaac, todos - menos ela...
Senti como se uma imensa pedra esmagasse meu peito – corri para fora da cozinha, nem sei para onde, já que aquilo que eu procurava não estava lá...
Até que Dylan segurou meu braço, me puxando junto a ele.
-‘Pra onde tu tá correndo?’ (se eu soubesse teria respondido, mas só disse ‘dói...’)
‘Eu sei... mas a gente combinou que vai adiantar ela, lembra?’
Ainda bem que ele estava lá... É nele, na sua certeza e no seu Amor que venho encontrado o consolo..
...E focado meus sentimentos, tentando não me perder no tempo... na saudades...
Tivemos uma reunião onde repassamos a Isaac as informações que trouxemos – tomamos por prioridades a construção do Bunker e da casa nova para os novos aprendizes – que devem chegar muito em breve! Iniciaremos o quanto antes às aulas mistas e começaremos a preparar as pessoas próximas para saber a verdade. Isaac ficou responsável de repassar – gradualmente – as novidades para as crianças.
Liguei para minha mãe e marquei – para a mesma noite – o jantar que estávamos aguardando; Dylan estava saudável e queria apresentá-lo a eles antes de nos mudarmos para a casa nova. Também ansiava por encontrar minha família, especialmente minha mãe... Muitas coisas haviam mudado dentro de mim – ela merecia saber!
Quando chegamos, ela veio nos receber; ao ver Dylan ela comentou:
‘Ah, agora eu entendo o sorriso no rosto da minha filha!’.
Quando a abracei, foi de uma forma... ‘maior’, mais intensa que o normal. Havia mais carinho, como num reencontro; ela não entendeu, mas ficou feliz.
Chang e Shosi já estavam lá e, assim como meu pai, embora estudassem atentamente os gestos deDylan, o faziam muito discretamente – ai chegou o Bartollo e toda sua indiscrição:
- Ué, quem é esse?
- Esse é o Dylan, meu namorado!
- Mas ele era diferente; e o nome não era esse!
Dylan não pareceu se chatear – talvez eu tenha lhe preparado para coisa pior – e respondeu bem humorado:
- É porque 'aquele' não era eu, eu sou outro!
(Enfim) percebendo o que estava acontecendo, Bartollo olhou pra mim, um tanto desapontado:
- ‘Como assim? Tu trocou de namorado e nem me avisou?’
-‘Eu já tinha te dito isso sim, Bartollo, há quase um mês! Aliás, todo mundo já sabia; inclusive esse jantar é pra vocês se conhecerem!’
-’Eu só espero que tu pares de mudar de namorado!’ e olhou meio ameaçador para Dylan, que estava sentado no sofá; ele respondeu:
-‘Não, ela não vai mais trocar, pode ficar tranqüilo!’.
Eu sorri.
O jantar foi agradável; eu temia que Dylan se sentisse deslocado, mas ele parecia tranqüilo – não foi surpresa nenhuma que minha mãe tenha simpatizado com ele logo de cara, mas até meu pai parecia satisfeito – notei seu sorriso de aprovação, quando perguntou a Dylan porque ele estava se mudando pra cá e ele respondeu:
- Por causa dela.
Eu não tinha planejado contar a eles que moraríamos juntos, mas o clima estava tão favorável que acabei contando. Minha mãe ficou feliz (disse algo do tipo
‘Que ótimo! até que enfim essa menina tá libertando sua sexualidade!’
Bartollo ignorou totalmente a informação;
Chang e Shosi pareceram surpresos e
Meu pai só perguntou se nós estávamos certos disto - minha resposta foi
‘–Eu nunca tive tanta certeza!’Dylan concordou com segurança e meu pai pareceu satisfeito.
Mais tarde, quando estávamos na cozinha, apenas minha mãe e eu, perguntei da onde ela tirou forças para me entregar ao meu pai, tão pequena... e depois para todo ano ficar tão pouco tempo comigo sabendo que teria de se despedir novamente.
Ela ficou surpresa com a pergunta - nós nunca havíamos tocado neste assunto - mas respondeu:
- Do amor que eu tenho por ti! Era difícil, toda vez eu sofria, mas sabia que fazia aquilo pro teu bem.
– Eu sei que é meio tarde mãe, mas agora eu te entendo...
Izabela Belluti -minha mãe
Nos abraçamos e choramos – como boas italianas que somos – e nunca me senti tão próxima dela qto agora!
Ao sair de lá, levei Dylan até a academia para ver como andava a obra – eu estava ansiosa para lhe mostrar nosso futuro lar, ou como ele costuma dizer ‘nosso ninho’. A obra ainda não acabou, mas o quarto estava quase pronto – ele montou a cama, eu enchi a banheira... e acabamos passando nossa primeira noite lá
– no nosso Ninho.
1:07 PM |
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Reunindo Informações
Após reunirmos todas as informações obtidas com os relatos de Julian, Mason, Gray, Jhony, Rachel e Nick, começamos a montar o quebra-cabeça. Embora não haja como eleger um único fato como o crucial, conseguimos definir quais eventos merecem maior atenção. Alguns passos mesmo que perigos, ainda devem ser seguidos; os outros precisamos acreditar que podem ser mudados – resta saber como!.
Impedir a Morte do Sr. WhiteContar com a ajuda do Sr. Gray (confiável?)
Não sabemos como nem quando isso pode acontecer, mas sabemos que com este evento, o controle da mídia foi assumido por um Vampiro, um ancião que despertou e resolveu contar ao mundo sobre a existência dos seus, instalando o pânico e começando a guerra. A tecnocracia, na tentativa de pará-lo, usou uma arma que abriu acidentalmente uma fenda, ou portal para o mundo das fadas.
Buscar ajuda:Do Gray / das Fadas /dos Lobisomens (poderiam eles resistir ao olho do furacão?) - Alguém se habilita?
A viagem para a EuropaMenos de 2 meses a frente, seremos requisitados pelo Sr. gray para auxilia-lo numa investigação dentro de uma base tecnocrata em algum lugar da Europa – parece que lá vimos algo lá que nos mudou profundamente – o que ouvimos como ‘o olho do furacão’ – tanto que, por causa disso, todos nós apoiamos o professor, que roubou um projeto da tecnocracia e com isso enviou bombas sobre todas bases tecnocratas ao redor do mundo.. Pelo que descobrimos não fazer a viagem teria um resultado ainda pior (?), portanto devemos fazê-la, achando uma forma de resistir ao ‘olho do furacão’!
Impedir que o professor largue as bombasPor incrível que pareça, essa é a parte que amsi me assusta! A impresibilidade do oliver - totalmente caótico - faz dele um aliado e ao mesmo tempo uma ameça...
Preparar melhor nossos aprendizesDeixá-los cientes dos acontecimentos e prepará-los para as batalhas inevitáveis – não podemos mais vê-los apenas como filhos e assim tentar protege-los; e preciso ver nestes filhos os magos de amanhã! Decidimos começar aulas mistas, para que todos entendem e aprendem um pouco das outras tradições.
A Traição - ‘Argos caiu por Amor’Sabemos que na época em que a capela foi atacada, suas defesas eram capazes de resistir quase a um ataque nuclear! Argos só caiu porque alguém lá de dentro baixou as defesas – e o motivo foi amor... Pode ter sido qualquer um, talvez até mesmo um de nós, mas precisaria conhecer o sistema de segurança ou manipular alguém que o tivesse.
Melhorar as Defesas da Capela & Construir um Bunker
Fazer um sistema de defesa reserva, que assuma na ausência do principal e que não seja de ‘conhecimento público’ – Estar atento a quem se permite acesso a sistema e construir o Bunker caso a guerra não seja impedida e a capela seja atacada.
Olho atento nos novos aprendizesSabemos que em breve muitos chegarão a Argos – Que haverá conflitos e rivalidades entre eles – haverá uma traição – Argos cai por amor... Decidimos por criar uma ‘filial’ da capela, que funcionará como escola, alojamento e centro de treinamento destes novos aprendizes.
9:40 PM |
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Pela manhã visitei o hospital – não podia ir ao futuro e não ver os avanços que ocorreram na área médica. Na oncologia há medicina preventiva é impressionante! Por meio de analise de DNA é possível identificar se o paciente tem herança genética para desenvolver o câncer e assim modificar seu código genético, antes que a doença se manifeste! Há ainda uma nova área chamada Karmologia, onde por meio de um aparelho de ‘regressão’ o paciente pode descobrir quais karmas precisa resgatar, antes que eles se manifestem – um tipo de ‘Bodhidharma eletrônico?’
Depois do almoço Sr. Gray apareceu para nos levar até nosso tele porte para a Europa – onde encontraríamos o Arquivista, a única pessoa que guarda registros precisos de tudo que aconteceu! Rider tinha esperanças de que ele poderia lhe contar sobre seu pai – e sobre como voltar ao seu tempo – nós tínhamos os relógios.
Este era nosso último dia e eu já sofria pela proximidade da despedida.
Julian e Ingrid nos acompanharam na Europa. Quando atravessamos o tele porte um carro nos aguardara; no caminho algo estranho começou a acontecer com o J’J – ele estava ficando invisível! – sua forma oscilava entre material e etéreo – possivelmente devido a magia que ele havia feito na noite anterior, tentando olhar através da linha do tempo para descobrir algo que nos ajudasse...
Corremos até o Arquivista, acreditando que ele pudesse solucionar este problema.
Quando lá chegamos encontramos um senhor, de longas vestes, sentado em seu trono de pedra, protegido por meia dúzia de lobos brancos – ele já nos conhecia, já nos aguardava e já sabia também o assunto que nos trouxera ali... mas antes de qualquer coisa, pedimos que fizesse algo por J’J – e ele fez: com um mero gesto de mãos, J’J desapareceu – havia voltado ao nosso tempo.
De resto, não queria descrever nosso encontro com o Arquivista como ‘decepcionante’, mas foi... Ao menos para mim, que esperava encontrar em sua sabedoria, nossas respostas e ao invés disto, cada uma das muitas (e foram muitas) perguntas que fiz, me foram devolvidas... Foi frustrante!
A única informação realmente nova que recebemos foi que ‘Argos caiu por Amor’...
E que independente das mãos que jogaram as bombas, a decisão foi apoiada por todos nós... Saímos de lá nos perguntado ‘o que de tão grave pode ter acontecido para ter nos mudado desta maneira?’, pensar que nós podemos ser os responsáveis pela queda de Argos, pela morte daqueles que amamos e que essa pode ter sido uma decisão unânime e consciente... Hoje, não faz nenhum sentido!
Já era hora de voltar – J’J nos aguardava ‘do outro lado’, Rider ficaria mais algum tempo com o arquivista para resolver suas questões (tomara que tivesse mais sorte que nós!) e não restava mais nada que pudéssemos fazer ali...
Mesmo sabendo de todas estas coisas, parte de em relutava em partir!
Deixar Ingrid, a filha que antes nem sonhara em ter e que de repente, encontrei, conheci e tão rapidamente meu coração aprendeu a amar... era a pior dor que eu já sentira... Ela já era parte de mim – como dizer adeus?
Naquela realidade, estaríamos deixando-a pela segunda vez... antes ela esperava que voltássemos, agora, era para sempre - Fazê-la sofrer era algo ainda mais insuportável.
Por algum motivo estávamos ali – E por algum motivo tínhamos que passar por aquilo - Era inevitável, mas aquela dor era cruel de mais...
E assim nos voltamos...
Embora eu saiba que parte de mim nunca abandonará àquele lugar...
Depois do almoço Sr. Gray apareceu para nos levar até nosso tele porte para a Europa – onde encontraríamos o Arquivista, a única pessoa que guarda registros precisos de tudo que aconteceu! Rider tinha esperanças de que ele poderia lhe contar sobre seu pai – e sobre como voltar ao seu tempo – nós tínhamos os relógios.
Este era nosso último dia e eu já sofria pela proximidade da despedida.
Julian e Ingrid nos acompanharam na Europa. Quando atravessamos o tele porte um carro nos aguardara; no caminho algo estranho começou a acontecer com o J’J – ele estava ficando invisível! – sua forma oscilava entre material e etéreo – possivelmente devido a magia que ele havia feito na noite anterior, tentando olhar através da linha do tempo para descobrir algo que nos ajudasse...
Corremos até o Arquivista, acreditando que ele pudesse solucionar este problema.
Quando lá chegamos encontramos um senhor, de longas vestes, sentado em seu trono de pedra, protegido por meia dúzia de lobos brancos – ele já nos conhecia, já nos aguardava e já sabia também o assunto que nos trouxera ali... mas antes de qualquer coisa, pedimos que fizesse algo por J’J – e ele fez: com um mero gesto de mãos, J’J desapareceu – havia voltado ao nosso tempo.
De resto, não queria descrever nosso encontro com o Arquivista como ‘decepcionante’, mas foi... Ao menos para mim, que esperava encontrar em sua sabedoria, nossas respostas e ao invés disto, cada uma das muitas (e foram muitas) perguntas que fiz, me foram devolvidas... Foi frustrante!
A única informação realmente nova que recebemos foi que ‘Argos caiu por Amor’...
E que independente das mãos que jogaram as bombas, a decisão foi apoiada por todos nós... Saímos de lá nos perguntado ‘o que de tão grave pode ter acontecido para ter nos mudado desta maneira?’, pensar que nós podemos ser os responsáveis pela queda de Argos, pela morte daqueles que amamos e que essa pode ter sido uma decisão unânime e consciente... Hoje, não faz nenhum sentido!
Já era hora de voltar – J’J nos aguardava ‘do outro lado’, Rider ficaria mais algum tempo com o arquivista para resolver suas questões (tomara que tivesse mais sorte que nós!) e não restava mais nada que pudéssemos fazer ali...
Mesmo sabendo de todas estas coisas, parte de em relutava em partir!
Deixar Ingrid, a filha que antes nem sonhara em ter e que de repente, encontrei, conheci e tão rapidamente meu coração aprendeu a amar... era a pior dor que eu já sentira... Ela já era parte de mim – como dizer adeus?
Ingrid Nakazawa Ravenclaw
‘Lâmina Afiada’
Naquela realidade, estaríamos deixando-a pela segunda vez... antes ela esperava que voltássemos, agora, era para sempre - Fazê-la sofrer era algo ainda mais insuportável.
Por algum motivo estávamos ali – E por algum motivo tínhamos que passar por aquilo - Era inevitável, mas aquela dor era cruel de mais...
Não posso por aquele momento em palavras – como desenhar sentimentos tão complexos? Todos os dias me pego pensando naquele momento... Às vezes o vejo como fotografias em minha mente... Noutras ouço as palavras ecoando... Foi a primeira vez que dissemos que nos amávamos, Eu e Dylan, Eu, Dylan e Ingrid... Nossa família... Mas na maioria das vezes lembro apenas de seu rosto, do sentimento em seu olhar e quero tanto tocá-lo...
E revivo diariamente aquela dor, pois ela nunca mais abandonou meu coração...
E assim nos voltamos...
Embora eu saiba que parte de mim nunca abandonará àquele lugar...
9:18 PM |
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Pequena Lótus do amanhã
Hoje semente recém plantada
Semeada por um amor maior
Que toda a natureza;
Tuas profundas raízes
Encontram na terra molhada a força
Para crescer em flor
De tão rara beleza.
Teu perfume vou sempre sentir
Mesmo que meu toque
já não alcance tuas pétalas,
E meus olhar procurará por ti,
Na ânsia e na certeza
De te encontrar dentro de mim.
Teu coração nos sentirá sempre
Que teus pés pisarem a terra,
Que a chuva tocar o teu rosto,
Pois estaremos junto a ti,
Unidos através do tempo,
do espaço e da saudade.
Pequena flor de Lótus,
Escama do grande dragão,
Fruto da mais antiga árvore,
Do mais verdadeiro amor.
Por maior que seja teu caminho,
Nunca esqueça de onde viestes,
E do tanto de nós que
sempre viverá em ti.
Filha amada de nosso coração.
9:08 PM |
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Acordamos com o som de um alarme – corri na janela e vi o professor parado, imóvel, no pátio vizinho (?) – o que ele queria lá, ainda não sei, mas foi pego pelo sistema de segurança que ele próprio projetou (um tipo de toxina paralisante muscular disparada por contato, pela agulha escondida na superfície do muro!); conversamos com o pseudo ‘mal-entendido’ foi resolvido rapidamente.
Depois do café recebemos a visita do Gray, que nos ‘equipou’ com carros e telefones (que mais pareciam escutas). Dylan, Ingrid e eu usamos um tipo de nave para descer em segurança até o Central Park – eu dirigi! Precisávamos pedir ‘autorização’ para que ela nos acompanhasse durante todo o período que ficaríamos ali; ela queria isto e Dylan e eu estávamos animados com a oportunidade de a conhecermos melhor – chegando lá, vovô Jhonny perguntou apenas se era isso que ela queria – ela concordou e sorriu meio tímida – e ele ficou feliz com isto (consequentemente nós também!).
Ele perguntou como era ‘lá em cima’, bonito?
‘Bonito sim, como uma flor de plástico’ eu respondi.
Ingrid havia trazido uma bolsa de comida (nós nem havíamos percebido), o que o deixou muito feliz!
Saindo dali fomos em busca de Nikki; eu pensava nisto desde que Julian me contou que ela sobrevivera e hoje tinha uma floricultura na saída da ilha. Deixamos o ‘carro’ em lugar seguro e seguimos a pé – não tínhamos nenhum um endereço ou ponto de referência, só uma direção e por isso levando um bom tempo para encontrar a floricultura no Brooklyn.
Entramos – parecia vazio, embora me sentisse sendo observada (tive a mesma sensação algumas vezes durante o caminho pra ali); toquei a campainha no balcão ao fundo e poucos tempo depois fui atendida por uma mulher, na faixa dos 40 – minha sidai, Nikki...
Ela ficou assustada (o que eu já esperava) e perguntou o que era aquilo – clones?
Eu disse que não, que era eu mesma, vinda do passado (ou visitando o futuro); que nós havíamos recebido um pedido de ajuda para vir até ali, buscar respostas e direções para que pudéssemos impedir que as coisas chegassem aquele ponto.
Enquanto eu falava com ela, senti que Dylan e Ingrid se aproximaram de mim, de minhas costas, em posição de alerta contra algo que se movia do lado oposto da floricultura, como se estivéssemos encurralados, mas não olhei para trás, nem por um instante – meus olhos se fixavam nos dela, buscando e permitindo a confiança.
Disse que sabia que sempre poderia confiar nela, minha sidai, minha primeira e, da onde eu vinha única sidai; ela havia sobrevivido a tudo aquilo e toda informação que pudéssemos coletar era importante.
Ela pediu uma prova de que eu era mesmo sua sifu; e eu respondi:
– Eu trouxe comigo, ao teu encontro, tudo o que tenho de mais valioso (maneei levemente a cabeça apontando os dois, que pareciam assustados); olha nos meus olhos e encontra a verdade; ouve o que diz teu coração.
Senti Dylan e Ingrid relaxarem – seja o que for que os tivesse ameaçando parecia ter sumido. Ela também pareceu relaxar – seu coração lhe contara a verdade – ela sorriu e nos ofereceu chá; fomos conduzidos a outra peça e durante o chá eu a observara atentamente: tinha se tornado uma bela mulher, embora eu me perguntasse o que havia apagado aquele imenso brilho do seu olhar; ela ainda era gentil, mas de uma forma triste, distante;
O que de tão grave havia acontecido para que o coração saltitante se tornasse tão duro...
Depois do chá, ela pediu que eu a acompanhasse – garantiu que eles ficariam em segurança e senti que podia confiar em suas palavras. Andamos até o fundo da construção, passamos por um pátio, chegando a outro prédio, um tipo de abrigo para crianças e jovens órfãos: um lar e uma academia onde a Irmandade não morrera! Fiquei feliz com isto – uma das poucas coisas que me alegrou naquele lugar, ver todas aquelas crianças treinando, saber que minha sidai não esquecera os princípios que lhe ensinei, (‘o dragão precisa de muitas escamas’) e que havia se tornado forte o suficiente para permanecer em pé, enquanto tudo desabara...
No início da conversa ela se manteve distante, ríspida, como se não quisesse tocar em antigas feridas; parecia guardar algum tipo de mágoa ou rancor de mim...
Isso doía fundo, até porque eu estava sendo ‘acusada’ por coisas que ainda não tinha feito, que em meu coração não compreendo e nem pretendo fazer!
Perguntei a ela porque é que todas as pessoas que me são importantes foram tão hostis ao me reencontrar? Ela baixou a cabeça, não respondeu, mas no final da conversa eu entendi... Entre as tantas coisas que Nikki me contou, pude entender a amargura de seu coração: ela havia perdido três filhos; o primeiro durante a invasão de Argos...
Quanto ao pai, ela relutou em contar por medo que, sabendo disto eu tentasse protegê-la;
– 'Não cabe a mim, impedir que enfrentes teus karmas, mas é meu dever garantir que estejas preparada para enfrentá-los' – ele também foi/ou será meu sidai, seu nome é Lian e ele a abandonou quando soube do bebê...
Argos caiu porque naquela noite alguém lá de dentro baixou as defesas e permitiu a invasão – houve um traidor! Mas quem?
Havia (ou haverão) muitos discípulos! Muitos, recém-despertos, encontraram em Argos seus mentores. Nós os acolhemos e na tentativa de protegê-los, escondemos muito do que acontecia e com isto não os preparamos para o que estava por vir!
E naquela noite fatídica, nós não estávamos lá – estávamos em algum lugar, lutando para impedir a guerra sem saber que havíamos sido derrotados...
Quando Argos foi destruída, não foi só a capela que caiu - uma casa pode ser reerguida, mas não uma família! Muitos morreram e os que sobreviveram não puderam suportar tamanha dor – a traição, as mortes e o ‘abandono’ que sentiram... Coisas foram ditas e palavras são espadas afiadas... Deixaram feridas tão profundas que nunca cicatrizaram...
Voltamos para a floricultura e lá apresentei pessoalmente Nikki e Ingrid – elas já haviam se encontrado antes, em combate e Nikki já desconfiara das origens da menina empunhando ‘aquela katana’, mas agora eu as apresentava de verdade; queria que elas se vissem da forma como sempre deveria ter sido:
Ambas minhas filhas, filhas de meu coração...
Enquanto saíamos da floricultura pude ver os vultos dos Ninjas estrategicamente posicionados em meio as flores. Por meio deles ela protegia, ou controlava toda aquela região!
Nikki convidou Ingrid para que voltasse ali – disse que ela seria sempre bem vinda, mas notando que a menina só concordará com a cabeça, sem muita certeza, ela insistiu:
– Eu não to falando só por falar, é sério, eu gostaria muito que tu me viesse! Ingrid pareceu ter dado atenção às suas palavras e combinou de voltar.
Nos despedimos de Nikki e quando fazíamos o caminho de volta, Dylan, percebendo o quanto eu estava abalada disse a Ingrid: _Dá um abraço na tua mãe que ela tá emotiva! Ela deu... E ele se uniu ao abraço, nos cobrindo e protegendo com seus grandes braços, como se nós três fossemos uma coisa única...
Uma família!
De volta pra ‘casa’, preparei o jantar – Foi quase um banquete, Ítalo-Nipon! Aquilo foi para todos, mas especialmente pare ela – queria lhe apresentar suas origens e lhe proporcionar um pouco daquilo de que foi privada – O que foi estendido após o jantar – conversamos muito e pela primeira vez ela se mostrou interessada em saber mais de nós; contei sobre minha família (e dela também!), sobre minha história, sobre a história da Katana Nakazawa e de nossos ancestrais samurais – e sobre Dylan... Contei de forma romântica como nos conhecemos e depois pude ouvir a versão dele; foi estranho falar de coisas tão recentes para nós e tão antigas para ela!
Julian nos acompanhava, contando histórias e ouvindo atentamente – tão encantador apesar de tudo que passou!
Pela primeira vez Ingrid se deixou ver, ‘baixou a guarda’ (como eu havia pedido na noite anterior) e contou coisas dela, de sua criação, de seu papel entre os Garous – ela é um soldado, assim como nós; Dylan ficou orgulhoso, embora demonstrasse isso, assim como seu carinho por ela, de uma forma meio indireta... mas que ela devia compreender, talvez até melhor que eu, por ele ser tão parecido com a ela mesma!
Naquela noite pedi secretamente para que Rider a deixasse ficar com o quarto – imaginei que ela nem se lembrasse de como era dormir numa cama e queria que ela tivesse, ao menos uma vez, a memória de ser posta para dormir por sua mãe...
Ela tentava parecer indiferente àquilo, dizendo que não precisava, que sabia se tapar, mas pude sentir que aquele momento era tão bom para ela quanto para mim...
Não podia reescrever suas memórias, mas podia ao menos lhe dar algumas novas – poucas, mas reais...
E memórias eram tudo que podíamos deixar para ela, antes de partir novamente...
8:38 PM |
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Dia 2
Entre tudo o que Julian nos contou, o que mais nos surpreendeu foi
o desaparecimento das tradições e da tecnocraciaÀ princípio pode parecer ruim, mas com tudo a magia se tornou difundida e livremente aceita entre as pessoas.
A Nova Iorque do futuro é divida entre os que, como Julian ainda vivem ‘em baixo’, fugindo dos farejadores durante o dia e dos vampiros durante a noite – parece que eles são o maior dos problemas.
Os lobisomens resistiram bem – embora a luta contra os vampiros seja cada vez pior - e o Central Park e muito maior em relação àquele que nós conhecemos. Os que vivem em cima são uma mistura do que restou da tecnocracia e das tradições, coexistiam sob o comando do presidente – Richard Mason e seu primeiro ministro Evan Gray – parece loucura, mas não é! O ideal político deles parece simples – quem quiser viver sob suas leis vive lá em cima, caso contrário fica em baixo, sendo constantemente ‘controlados’ por seus farejadores.
E nós tivemos uma amostra de como atuam essas ‘coisas’ logo de manhã.
Fomos emboscados por uma meia dúzia deles e enquanto travávamos o combate, não percebemos que o professor avia sido capturado – pra melhor dizer ‘englobado’ por um deles, que o levou consigo.
No meio da confusão em que perdemos um dos nossos, achamos um garoto perdido – no tempo – e confuso; Alex Rider; de alguma forma ele saiu do nosso tempo original e foi parar ali sozinho; acabou auxiliando uma garota lupina a fugir dos farejadores e juntou-se a nós.
Alex Rider
Assumindo que na sabedoria da Grande Roda não haja espaço para coincidências vãs, encontrar ‘no futuro’ um garoto (21 anos) ‘perdido no tempo’ e em seguida descobrir que ele é filho da Sarah (e ela tinha um?) – aquela mesma Sarah, cujo nome ainda hoje nos causa arrepios - é algo no mínimo surpreendente! A pergunta é: qual será o propósito deste encontro?
Enquanto seguíamos em busca do caminho que nos levasse para cima, atrás do Professor, acabamos novamente cercados – desta vez por lobisomens; 4 deles; ficamos na defensiva e quando um saltou em nossa direção, Amanda rapidamente lhe acertou um tiro na perna; os outros fechavam o cerco, minha mão repousava no punho da espada já aguardando o combate iminente, quando algo em meu oponente me chamou a atenção:
Sua katana, muito semelhante a minha, porém maior.
Ele também pareceu intrigado com tal semelhança e neste momento surgiu a menina que Rider havia ajudado a pouco – ela o identificou e o combate se tornou desnecessário – porém eles insistiram em nos levar consigo ao Central Park para que nos apresentássemos ao ‘vovô’ – seu líder – a verdade é que não tínhamos muita escolha, aquele era o território deles e não podíamos perder tempo em discussões.
Andamos até lá – não tirei os olhos daquela katana, mas seu portador não mudava de forma, me mantendo curiosa... quanto mais eu olhava, mais tinha certeza de que aquela era a ‘minha espada ‘, a mesma que eu carregava – não haviam duas iguais – mas como e por quê ela foi parar naquelas mãos...
Algo eu meu coração ousava responder, embora eu me negasse a acreditar...Quando chegamos descobri que o ‘vovô’ era o Johny... (eu até esperava Alex, mas ele já havia falecido) - embora ele hoje não fosse chamado assim a toa – marcas de batalha se faziam visíveis em sua face, tanto que estava até cego de um olho, mas mesmo assim me reconheceu... e custou a entender o que estava acontecendo ali... Da mesma forma que eu...
Dylan foi levado aos curandeiros e Johnny me falou em particular... minhas suspeitas quanto a katana e seu portador estavam certas (como dizem ‘coração de mãe não se engana’) – na verdade portadora... ele não me disse muito, mas fez melhor:
Permitiu que eu visse com meus próprios olhos.Sai buscando por ela – ‘lâmina afiada’ - e só a reconheci pela katana nas costas e a bandana na cabeça. Agora era só uma garota, do meu tamanho e porte físico, porém com os cabelos louros, de pontas vermelhas – parecia ter sido cortado displicentemente com faca, caído no queixo.
Fui me aproximando, com o coração palpitante, ‘O que dizer? Como dizer?’, ela parecia estar montando guarda; me olhou de um jeito invocado... um olhar tão familiar...
Fiz uma reverência – fui respondida, então respirei fundo e me aproximei;
Elogiei a katana e perguntei como ela havia conseguido, não foi fácil como eu pensava. Ela ficou desconfiada, me devolveu a pergunta.
- Bem, eu a recebi do meu avô. esta espada pertenceu a muitos antes dele, toda uma dinastia de samurais, ela nunca saiu da família; é uma grande honra empunha-la... Tu deve saber que não há duas iguais..
Ela balançou a cabeça olhando minha espada, meio insegura quanto a isso; olhei para as espadas e continuei:
- Elas não são iguais porque são a mesma. Como tu deve ter ouvido, nós viemos do... passado... E, a menos que tu seja uma Nakazawa, tu não deverias a estar empunhando.
Ela refletiu um tempo... depois, baixou a guarda e respondeu:
- meu nome é Ingrid Nakazawa Ravenclaw , e eu acho que sei quem tu é.
Ela me olhou nos olhos – o mesmo azul que me fazem ‘olhos de mar’
e eu a abracei... Por que não existiam palavras para aquele momento.
Ela tinha cerca de um ano quando foi entregue sob os cuidados dos lupinos – a guerra tinha chegado e nós, sempre soldados, precisamos deixá-la num lugar seguro, entre o ‘seu povo’. Ao que tudo indica pretendíamos voltar, mas... não foi possível e ela foi criada entre eles.
Embora pouco sabendo de nossa história, percebi que ela exibia com orgulho tudo que lhe restou de mim: a katana, a bandana e o colar. Senti sua mágoa ao falar disso – ela não entende, ou apenas não concorda com o porquê de termos a deixado ali – e naquele exato momento pude enfim compreender as escolhas de minha mãe...
Algo que sempre me magoou agora parecia tão claro... Lembrei de suas palavras e elas soaram como se fossem minhas:
‘Sei que fiz isso pelo teu bem... não podia te negar a criação da qual tu precisavas, mesmo que fosse longe mim’Depois de lágrimas e abraços a deixei em seu posto de guardiã e sai a procura de Dylan. Precisava dividir isso com ele, embora sem saber bem como. Ele estava sendo cuidado em um local ‘sagrado’ e fui impedida de entrar.
Queria estar com ele e isso me irritou, mas só me restava esperar...
E foi então que fui ‘convocada’ mentalmente por Amanda, para auxiliar-lhes num assunto que envolvia Julian.
Que ele já nasceu desperto nós suspeitávamos, mas o quão cedo seus poderes evoluíram e em quais proporções, nós sequer imaginávamos!
Foi preciso criar um tipo de ‘trava’ mental para protegê-lo até que tivesse maturidade suficiente para lidar com isso – E ele se culpava por não ter ‘feito mais’, senti-a impotente e atribuía isso as travas que e não conseguiu quebrar sozinho.
Nós as tínhamos colocado e agora nós as tiraríamos – embora sem fazer muita idéia de ‘como’, já que fizemos isso no ‘futuro’...
Amanda, J’J e eu fomos juntos ao jardim de seus pensamentos; o Santana; onde o ‘tesouro’ protegido mostrou-se para mim como uma lótus branca, guardada por uma gruta de pedras e espinhos, os quais nos tivemos que remover cuidadosamente...
Foi trabalhoso, demorado, mas bem sucedido!
Quando abri os olhos novamente, Ingrid estava lá; ela e Rider observavam com curiosidade nosso ritual conjunto. Convidei-a para uma caminhada – estava ansiosa para reencontrar Dylan e pouco tempo depois de andarmos vimos ele se aproximando; caminhava perfeitamente! Totalmente curado!
Apresentei um ao outro e contei a ele da forma mais simples possível algo assim tão complexo - estamos juntos a menos de 1 mês e agora nos deparamos com nosso futuro... e nossa filha... a filha que ainda não tivemos....
Eles se estudaram por um tempo – tinham o mesmo jeito invocado e olhar desconfiado, selvagem. Eu estava maravilhada com a semelhança entre eles, embora Dylan não canse de dizer o quanto ela se parecia comigo... é verdade que tem os meus olhos, mas o olhar é o dele.
Ela foi designada por Johnny (ou ‘vovô’) para ser nosso guia até a cidade aérea, (pra onde certamente os robôs tinham levado o professor) – o que nos proporcionava algum tempo juntos. Apesar da preocupação com o professor, estava meio anestesiada com tanta informação e por outro lado contente com a idéia de conhecer melhor aquela menina - apesar de ser tudo tão repentino me sentia profundamente afeiçoada a ela – Dylan parecia ainda mais anestesiado do que eu e se mantinha em silêncio.
- Ela ainda nos estudava...
No caminho recebemos um convite por escrito, do ‘secretário de segurança’ (lê-se Gray); seríamos recebidos ‘lá em cima’ - E de fato fomos! Quando subimos (por uma espécie de elevador) nos deparamos com uma visão completamente diferente do mundo lá de baixo: era um tipo de ‘cidade modelo’, calma, organizada e limpa, surpreendendo até mesmo Ingrid e Julian, que pertenciam àquela realidade, mas nunca haviam estado ali.
Fomos levados – por Gray – até o professor, que estava bem e descansava sob a proteção do presidente Mason. Gray era o mesmo, havia envelhecido e abandonado a tecnocracia, de fato, mas mantinha o mesmo jeito de tecnocrata.
O menino Mason, ou melhor,dizendo, ‘o Sr. Presidente’, já não era nenhum menino – tinha cerca de 40 anos.
Era quase irreconhecível – falante, seguro, carismático; Ficamos ainda mais surpresos ao sabre sobre a primeira dama – Rachel – com quem tinha 1 filho.
Conversamos com ele e Gray sobre o porquê de nossa ‘inesperada visita’, ouvindo atentamente tudo que foi dito na esperança de descobrir qual fato culminou na guerra; qual passo precisaria mudar, mas não era assim tão simples...
Muitas coisas aconteceram, todas aparentemente significativas e relevantes para a guerra que se gerou. Parecia impossível destacar um fato como culminante – Tínhamos que analisar detalhadamente todo o caminho que levou ao caos, mas para isso precisávamos primeiro conhecer cada passo – e não seria num dia só.
Fomos hospedados pelo Gray, sob ordens do Mason, em uma casa ‘padrão’, estilo Bauhaus e com tecnologia tão moderna que parecia uma mistura de tecnocracia com algo que o professor faria – acabamos descobrindo que muitos das coisas que haviam na casa foram, de fato, projetadas pelo professor!
Havia 4 quartos: Dylan e eu ficamos com o quarto do térreo, Amanda e J’J no segundo andar e Julian e o professor ocuparam o quarto do sótão. Ainda restava 1 quarto no segundo andar com duas camas de solteiro e Ingrid se instalou nele, mas recusou a dividi-lo com Rider ou outroqualquer; tentei conversar com ela para resolver a situação mas acabei piorando tudo e como resultado ela deixou o quarto para Rider e acabou dormindo no tapete da sala – em sua forma animal...
O que me soou como algo que o Dylan faria.
Fiquei triste por não saber lidar com ela, por não conhecê-la, por não conseguir me aproximar, por nunca tê-la criado...Por mais estranho e complicado que isso fosse para nós, para era ainda pior; era sua vida virando de ponta cabeça – de repente os pais que nunca passaram de lembranças turvas estavam ali, diante dela, pouco mais velhos do que ela, sem sequer fazer idéia de sua existência!
Eu não queria ser para ela a lembrança da mãe que nunca voltou e também não entendia como nós tivemos coragem de tomar a decisão e entrega-la a eles, por isso respeitava a magoa dela.
Minha cabeça pulsava, dava voltas e voltas sem chegar a lugar algum – num momento eu me perguntava como fomos tão inconseqüentes em trazer um bebê ao mundo naquelas circunstâncias (ela nasceu bem em meio à confusão) e pensava em não repetir o erro; logo em seguida me via apaixonada por ela e pela idéia de ter um filho com ele e achava que então seria melhor adiantar sua chegada para que não fosse tão pequena quando a confusão começar (caso não possamos impedir).
Pensava ainda em arrancar aquele colar fora, para que ela não fosse um deles e assim não pudéssemos entregá-la...
Dylan também estava confuso, mais sobre como lidar com ela – não pensava sobre ‘o que fazer, o que não fazer’, até por que na cabeça dele tudo parecia bem mais simples do que na minha: se ela existe é assim que deve ser!
Conversamos sobre isso e como sempre ele me fez sentir mais clama e segura – não só porque meu corpo encontrou o dele, mas porque ele me entende, me conhece e sabe como acalmar meu coração.
6:30 AM |
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Dia 1
Passamos a primeira noite no esconderijo do Julian - uma peça dentro da tubulação subterrânea. As paredes eram cobertas por fotos ‘antigas’ – as memórias que ela conseguiu guardar (pouca coisa se salvou dos registros da capela) – fotos nossas de diversas épocas; Dylan e eu aparecíamos juntos em todas, o que nem me surpreende tanto, ao contrário de quando notei uma foto onde eu segurava um bebê(??)
Perguntei ao Julian de quem era e ele disse que era meu e do Dylan – disse que nós nunca nos separamos... na verdade acabou dizendo que inclusive morremos juntos.
Fiquei profundamente tocada pelo bebê – nosso bebê... meu bebê!
Nós tivemos um bebê!?! Isso significa que nós teremos um bebê?
E em breve pela época da foto...
Sei que parece exagero, mas nunca me imaginei de fato mãe e de repente vejo aquela foto... E percebo ainda, pela data,, que nós não criamos nosso filho/a... Julian não lembra se é menino ou menina e nem sabe se sobreviveu...
Não entendo essa estória de vir o futuro na tentativa de mudar as coisas para que essa realidade não aconteça. Só sei que é muito confuso E doloroso...
E que preciso urgentemente entender isso melhor!
6:18 AM |
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